JESUS TE CONVIDA A PASSAR UMA HORA ESPECIAL COM ELE

Para ter uma vigília de oração constante diante do Santíssimo, precisamos assegurar-nos que em cada hora haja adoradores.

Para tanto, é necessário que cada pessoa se comprometa a tomar uma determinada hora.

Desta forma, podemos organizar todas as horas da noite, de modo que sempre haja alguém com Jesus.

A sua fé na presença de Jesus lhe ajudará a crer com convicção.

Torne-se você também um adorador (a). Faça uma experiência diante de JESUS EUCARÍSTICO

“VINDE A MIM VÓS QUE ESTAIS CANSADOS E SOBRECARREGADOS, EU VOS ALIVIAREI” (Mt 11,28).

ALEGRAI-VOS, ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS.

VINDE TODOS E ADOREMOS AO SALVADOR, JESUS SE FAZ PRESENTE NA SAGRADA EUCARISTIA, NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE ESTAR JUNTO A ELE. SEJA VOCÊ TAMBÉM UM ADORADOR DE JESUS CRISTO.

“A EUCARISTIA É O REMÉDIO DA IMORTALIDADE, O ANTÍDOTO CONTRA A MORTE” (Santo Inácio de Antioquia).




“A EUCARISTIA CONSISTE DE DUAS REALIDADES, A TERRENA E A CELESTE. POIS O PÃO QUE É TIRADO DA TERRA, NÃO É MAIS PÃO COMUM, UMA VEZ QUE ELE RECEBEU A INVOCAÇÃO DE DEUS E NÃO SE CORROMPE. PORTANTO, TAMBÉM NOSSOS CORPOS, QUANDO RECEBEM A EUCARISTIA, NÃO SÃO MAIS PASSÍVEIS DE CORRUPÇÃO, MAS POSSUEM A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO PARA A ETERNIDADE”. (Santo Irineu, sec.II).

quarta-feira, 31 de março de 2010

QUINTA FEIRA SANTA - A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA.

Veio o dia dos pães Ázimos, em que se devia imolar a Páscoa. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: “Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa”. Perguntaram-lhe eles: “Onde queres que a preparemos?”. Ele respondeu: “Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água. Segui-o até a casa em que ele entrar”, Direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos. Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa.

Quando chegou à hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos. Disse-lhes: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer”. “Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus”. Pegando o cálice, deu graças e disse: “Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós”. (Lc22, 7-20).

Para que possamos entender melhor este grande acontecimento, devemos nos atentar para a grande importância que tem a Páscoa para os judeus, bem como a Eucaristia para nós cristãos.
Todos aqueles que participam tanto da mesa da Páscoa judaica quanto da mesa da Eucarística, além de receberem um alimento sagrado, possuem uma distinta identidade religiosa, onde na verdade, servem para celebrar o significado histórico destes dois credos.

Por certo há uma aproximação entre a Páscoa Judaica e a Última Ceia e a Eucaristia. Um antigo sacrifício judaico chamado “Todah” é o elo entre estas duas festas.
Um sacrifício todah era oferecido por uma pessoa cuja vida tenha sido ameaçada, seja pela doença ou por um outro motivo qualquer. Ao se encontrar livre de tal ameaça, celebrava a libertação divina do homem daquela ameaça. A pessoa redimida demonstrava sua gratidão a Deus. Um cordeiro era imolado no templo, e o pão para a refeição era consagrado no momento do sacrifício. O pão e a carne, junto com o vinho, constituíam a sagrada refeição.
A palavra todah em hebraico significa “ação de graças” e também uma exaltação de louvor e gratidão a Deus. A palavra grega que melhor traduzia o sentido da palavra todah era eucharistia, da qual se originou a palavra “Eucaristia”. Eucharistia, assim como todah, significa ação de graças.
As semelhanças da todah com a Eucaristia ultrapassam o sentido comum de ação de graças, ambas apresentam a adoração por meio de palavra e refeição. Além disso, a todah, como a celebração Eucarística, inclui uma oferenda de pão sem fermento e de vinho. O mais curioso é que os rabinos antigos fizeram uma profecia significativa, do ponto de vista litúrgico, a respeito da todah: “No tempo (messiânico) que há de vir todos os sacrifícios cessarão, exceto o sacrifício da todah. Esse jamais cessará em toda a eternidade.” (Pesiqta, 1, p. 159)

Quando Jesus toma o pão, parte-o e faz uma ação de graças, Ele age conforme as leis da todah e a Páscoa judaica, dando graças ao Pai pela salvação.

Na Eucaristia os cristãos bem como os judeus em sua Páscoa, dão graças a Deus pela salvação e trazem na memória a maneira de como estes fatos foram realizados.
As palavras de Jesus: “Fazei isto em memória de Mim”, Jesus fez da Páscoa judaica um ritual permanente, ou seja, uma festa litúrgica para assegurar que seremos levados à fidelidade, à Aliança e recordarmos que Ele nos salvou. O novo testamento chama este memorial de “a fração do pão”.

Jesus, “no primeiro dia da semana” (Lc 24,1), celebrou a Eucaristia, a primeira depois da Última Ceia com dois discípulos na aldeia de Emaus (Lc24, 13,28,30). Mais tarde, em comemoração ao dia da Ressurreição, “o primeiro dia da semana” viria a ser o dia da celebração Eucarística.

Em Atos dos Apóstolos (2,42,46), podemos observar evidências para a celebração diária da fração do pão, a Ceia do Senhor, ou Missa. “Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações”. “Unidos de coração freqüentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração”,

No banquete eucarístico, Jesus é o próprio Cordeiro Imolado, ao instituir a Eucaristia declarou que seria a oferta do seu Corpo e do seu Sangue para a nossa salvação.
A Eucaristia está ao alcance de todos, muitos reconhecem no pão e no vinho o corpo e o sangue de Nosso Senhor, presente vivo e realmente entre nós, nas espécies sagradas. E sabemos também, que não são todos que assim acreditam.

O Senhor nos pede que conservemos o memorial da Última Ceia, com os sacramentos de união e comunhão “Fazei isto em memória de Mim”. O ato de receber nosso Senhor na Eucaristia torna o nosso amor fecundo. Tudo isto faz parte do plano de Deus para com a humanidade, para restaurar a nossa comunhão com Ele e nos preparar para a eternidade.

Um profundo sentimento de gratidão leva à adoração, pois o ato de adorar brota da gratidão.


Estudos elaborados a partir dos livros:
Bíblia de Jerusalém.
Editora Paulus.

A Sagrada Escritura no Ministério da Santa Missa.
Razões para ser católico.
Scott Hahn&Regis J.Flaherty (org)
Edição: Palavra&Prece Editora Ltda.

QUINTA FEIRA SANTA - A INSTITUIÇÃO DO SACERDÓCIO.

Na última Ceia, quando Jesus transformou o pão e o vinho em seu próprio corpo e sangue, Ele também instituía aos seus Apóstolos, o sacerdócio. Ao proferir as palavras: “Fazei isto em minha memória” (Lc 22, 20). Jesus mandou que seus apóstolos repetissem o mesmo gesto sagrado no futuro, conferindo a eles o poder necessário para transformarem o pão e o vinho no seu corpo e sangue.
“Fazei isto em minha memória”, foi o encargo solene que Jesus lhes deu, para que o seu gesto fosse perpetuado para sempre através dos tempos.
A ação litúrgica pala qual se transforma o pão e o vinho no corpo e sangue do Senhor é a Santa Missa. Esta transformação ocorre quando o sacerdote, fazendo-se instrumento livre e voluntário de Cristo, pronuncia sobre as espécies as palavras ditas por Jesus na ocasião da Última Ceia, “Isto é o meu corpo” e “Este é o cálice do meu sangue”. De pé no altar como representante de Cristo, o sacerdote é o instrumento humano do poder infinito de Cristo, e Cristo, pela força do Espírito Santo, no mesmo instante se torna presente sob as aparências do pão e do vinho.
O poder de transformar o pão e o vinho no corpo e sangue do Salvador foi transmitido de Jesus aos Apóstolos, e dos Apóstolos para com aqueles que deveriam perpetuar o trabalho e a missão quando eles se fossem. E estes, por sua vez, conferirem esse poder sacerdotal a outros. E assim, de geração em geração, durante quase dois mil anos, o poder do sacerdócio se foi transmitindo por meio do sacramento da Ordem Sagrada chegando até os sacerdotes de hoje.




Estudo elaborado a partir do livro:
A fé explicada – Leo J. Trese.
Editora Quadrante.

QUINTA FEIRA SANTA - O LAVA-PÉS.


No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. (Jo1, 1). E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo1, 14).

Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras. (Jo14, 10). Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras. (Jo14, 11).

O evangelho escrito por João, não nos deixa dúvidas quanto à divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, portanto, Jesus é o próprio Deus que veio até nós. Na cerimônia do lava-pés, narrada pelo próprio evangelista, nosso Deus se torna pequeno e pobre, onde assume o lugar de servo durante a última ceia. Na tradição judaica a atribuição de lavarem os pés era destinada ao escravo, a esposa e o filho mais velho. O escravo na condição de servo, a esposa na demonstração de carinho para com seu esposo e filho mais velho, demonstrando respeito para com seu o pai.

Existe maior demonstração do amor de Deus por nós? Jesus nos serve, nos demonstra carinho e respeito.


"Ele pegou uma toalha e cingiu-se com ela. Depois colocou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido” (Jo 13, 4-5).
Simão Pedro reage ao gesto de Jesus não querendo permitir que seus pés fossem lavados: "Jamais lavarás os meus pés." Jesus respondeu "se eu não os lavar não terás parte comigo" (Jo 13,6-9).

A resposta serena de Jesus, faz com que Simão Pedro atenda ao seu pedido. Jesus no gesto de lavar os pés de seus discípulos demonstra o seu grande amor para cada um e mostra a todos nós, que a humildade e o serviço são o centro de sua mensagem.

"Depois que lhes lavou os pés e que tomou seu manto, tendo retornado à mesa, disse-lhes: compreendeis o que fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem, porque o sou. Se eu, pois Senhor e Mestre vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz assim façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo. O servo não é maior que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes."(Jo 13,12-17)

Jesus diz que eles não só devem deixá-lo lavar-lhes os pés, mas também devem lavar os pés uns dos outros. Ele está dando o exemplo. Se quisermos ser seus discípulos, temos que seguir os seus ensinamentos, agindo sempre com um coração humilde e cheio de amor em relação ao próximo.

Jesus ao lavar os pés dos discípulos nos mostra como Deus nos ama. Ele está continuamente nos convidando a imitá-lo. E como naquela época e hoje, seus discípulos são chamados a amar, pois o centro da missão cristã é o serviço aos irmãos.

terça-feira, 23 de março de 2010

DOMINGO DE RAMOS.

O Domingo de Ramos vem de uma tradição popular do século V, em Jerusalém. O povo, na tarde do domingo fazia uma procissão solene para comemorar a entrada de Jesus na cidade. Essa celebração, apesar de não estar ligada à celebração Eucarística, foi se popularizando até que no século VII essa celebração saiu do oriente e chegou à Espanha e Gália. Somente no século XII, foi oficializada em Roma.

A Semana Santa tem início no “Domingo de Ramos”, que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Tradicionalmente, os reis entravam nas cidades montados em pomposas montarias. Jesus, no entanto, para ressaltar sua humildade, entra em Jerusalém montado em um jumentinho e é reverenciado pelo povo simples que faz um tapete com ramos e com suas próprias vestes, para ver passar aquele a quem aclamam como “o que vem em nome do Senhor!” Com muita convicção, gritam: “Hosana ao Filho de Davi!”

Quantos naquela multidão tinham visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia, irmão de Marta e Maria. As pessoas estavam maravilhadas com as curas que presenciaram. Estavam certas de que Jesus era o Messias, o rei de Israel, anunciado pelos Profetas. Imaginavam que Jesus iria fazer uso de seus poderes para destronar Pilatos e re-implantar o reinado de Davi e Salomão em Israel.
Que decepção eles tiveram. Aquele que demonstrara tanto poder não tinha um exército fortemente armado, não queria a guerra e pregava a paz.
Diante dessa realidade, o povo se pergunta: “que Messias é esse? O que podemos esperar de alguém que se mostra passivo diante dos dominadores romanos que nos impõem pesados impostos e nos escravizam?”

Aquela mesma multidão que o homenageou motivada pelas curas milagrosas que presenciaram, e que tinha certeza de que seus opressores seriam massacrados agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte.
Os mesmos que gritaram glória nas alturas, agora gritam com todas suas forças “Crucifica-o, crucifica-o!”

Dessa forma, o Domingo de Ramos mistura os gritos de glória da multidão, com os clamores da Paixão do Cristo. O Domingo de Ramos é para o cristão o primeiro passo na caminhada rumo à vitória, quando no Domingo da ressurreição, a morte é definitivamente vencida.
Com o Domingo de Ramos cumpre-se a profecia de Zacarias que pregava um rei messiânico pacífico (Zc 9,9): “Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento.”

Por Jorge Lorente
jorgelorente@ig.com.br - (março/2010)

segunda-feira, 22 de março de 2010

FESTA DA ANUNCIAÇÃO - 25 DE MARÇO.

A festa da Anunciação é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal. Este fato fez de Maria o primeiro sacrário da Eucaristia, e por isso Ela recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação.

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde Ela estava disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo”. Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O anjo porém acrescentou: “Não temas Maria!, Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai; Ele reinará na casa de Jacob para sempre, e o seu reinado não terá fim “.

Maria, porém, disse ao anjo: “Como será isso, se eu não conheço homem algum?” O anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel tua parente, concebeu um filho na sua velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com efeito, nada é impossível”. Disse então Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”. E o anjo a deixou. (Lc1, 26-38).

A visita do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, marca o início de toda uma trajetória que cumpriria as profecias do Velho Testamento e daria ao mundo um novo caminho, trazendo à luz a Boa Nova. Ali nasceu também a oração que a partir daquele instante estaria para sempre na boca e no coração de todos os católicos: a Ave Maria. (A expressão “Ave”, ou em algumas versões bíblicas “Salve”, pode-se entender por “Alegra-te”).

Maria era uma jovem adolescente, simples e virgem, prometida a José, um carpinteiro descendente da casa de Davi. Perturbou-se ao receber do Arcanjo o aviso que era a escolhida para conceber o Filho de Deus, o qual devia ser chamado Jesus, pois era o enviado para salvar a Humanidade, e cujo Reino era eterno. Assim, o Pai Criador dependeu do consentimento de uma frágil criatura humana para realizar o Mistério para a nossa Redenção.

Diferentemente dos primeiros homens, que haviam perdido a compreensão das coisas de Deus, Maria, em sua humildade não hesita em pronunciar o seu “sim” que seria fundamental para a salvação da humanidade e Ela responde: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”. (Lc 1,38).

Maria renuncia a todos os seus projetos pessoais, demonstrando toda confiança no Senhor Deus e se fez Instrumento Divino nos acontecimentos proféticos. Maria aceitou dignamente a honra de ser mãe do Filho de Deus, mas ao mesmo tempo também aceitou os sofrimentos, os sacrifícios que estavam ligados a esse sim.

A anunciação é um dos mistérios mais importantes da História da humanidade: a chegada do Messias entre nós.

A fé que Maria teve deve ser destacada, pois para assumir tal responsabilidade, somente uma pessoa com grande crença em Deus.
Busquemos na Sagrada Eucaristia e na Palavra de Deus, os alimemntos para a nossa fé.

terça-feira, 16 de março de 2010

19 DE MARÇO - SÃO JOSÉ.

São José foi um homem simples que Deus cobriu de graças e dons para que cumprisse uma missão singular de acordo com os planos da salvação. Foi designado por Deus para se casar com a jovem Maria, que viria a ser a mãe de Jesus. “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era da tribo de Davi” (Lc 1,26-27). A ele também Deus designou a dar o nome ao menino que iria nascer. “Ela dará a luz um filho e você lhe dará o nome de Jesus, pois Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).

São José nasceu em Belém na Judéia, pertencente à tribo de Judá e descendente do rei Davi. É através dele que é referida a ascendência de Jesus até Davi e Abraão (Mt 1,1-17).

São José viveu alegrias indescritíveis ao lado de Jesus e Maria, o que não o isentou de passar por sofrimentos, incertezas e a perplexidade ante o mistério realizado em Maria; pobreza extrema; a profecia de Simeão sobre os sofrimentos do Salvador e de Maria; a angustiosa fuga para o Egito; a dificuldade para viver em um país estranho; o regresso do Egito e os temores devido à subida ao trono de Arquelau, todos estes fatos jamais tirou de São José a fidelidade à vontade de Deus.
O centro de sua vida foram Jesus e Maria, foi o cumprimento da missão que Deus lhe confiara. Nada o desviou do caminho que lhe tinha sido traçado. Foi o homem que Deus, num gesto de absoluta confiança, colocou à frente da sua família aqui na terra. Sua vida foi uma total dedicação ao serviço para o qual tinha sido chamado.

São José deixou de se preocupar consigo próprio, a partir do momento que em sonho avisado por um anjo, aceitou plenamente a vontade de Deus. O senhor confiou-lhe a sua família e São José não o decepcionou. Deus apoiou-se nele e ele manteve-se firme independente das dificuldades.

Modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, foi escolhido por Deus para ser patrono de toda a Igreja de Cristo. Seu nome em hebraico significa “Deus cumula de bens”.

Carpinteiro de profissão, ofício que teria ensinado a seu filho Jesus. São José é um dos santos mais populares da Igreja Católica, tendo sido proclamado "protetor da Igreja católica romana"; por seu ofício, "padroeiro dos trabalhadores" e, pela fidelidade a sua esposa, como "padroeiro das famílias", sendo também padroeiro de muitas igrejas e lugares do mundo.

São José é um grande intercessor de todos nós. Que como ele, possamos ser dóceis à Palavra do Senhor.

São José, rogai por nós!

segunda-feira, 8 de março de 2010

EUCARISTIA: COMUNHÃO ENTRE O CRIADOR E A CRIATURA.


Se perguntássemos a Santa Tereza do Menino Jesus o que é para ela a oração, ela nos responderia: "Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria".
Muitas pessoas também fazem perguntas do tipo: Como rezar diante de Jesus Eucarístico? É impossível aprender a rezar somente lendo livros a respeito de oração, sem dedicar um tempo a ela. Por meio de uma humilde atitude de escuta é possível colocar-se na presença do Senhor e ouvir o que Ele nos diz.

Adoração, um jeito especial de rezar.

"Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os santos no céu, diante da essência divina." (SANTA TEREZA DE ÁVILA).

Podemos definir a oração como um "relacionamento pessoal e consciente com Deus". Ou seja, ao rezarmos mantemos uma relação íntima com Deus por iniciativa e vontade nossa e do próprio Deus.
Sabemos, no entanto, que no mundo globalizado e agitado em que vivemos falta tempo para as coisas mais importantes da nossa vida: a família, os amigos, os momentos de oração e contemplação de Deus.
Dessa forma, o homem deve se esforçar ao máximo para resgatar os momentos de oração, adoração e contemplação. Para isso deve sair da agitação diária e recolher-se para, livremente, entregar-se ao amor de Deus.

Adorar é rezar com humildade.

"Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance”. (SANTO AMBRÓSIO).

A oração é a elevação da alma até o Criador. Ela é sempre um dom, pois é Deus que se faz presente e vem ao encontro do homem. A oração é, portanto, uma relação viva, pessoal e bilateral com Deus.
Embora seja Deus o primeiro a atrair a pessoa a um encontro com Ele na oração, essa relação de amor, entre o divino e a criatura, somente acontecerá se houver no homem um coração que transborda humildade, pois ser humilde é o fundamento principal da nossa comunhão com Deus.
Um coração humilde e que reza diante de Jesus Eucarístico tem a oportunidade de conhecer quem não é teoria, mas é a própria pessoa do Cristo.
Por esse motivo, quando nos colocamos em atitude de adoradores diante de Cristo, reconhecemos que somos criados por Deus. Esse gesto exalta a sua grandeza e a sua onipotência diante da nossa humildade e da nossa pequenez.

Adorar é estar em relação com Deus.

"... Que eu não te deixe jamais só, mas que eu esteja ali, toda inteira, completamente vigilante na minha fé, toda adoradora, toda entregue à tua ação criadora" (BEM-AVENTURADA ELISABETE DA TRINDADE).
Se nos lançarmos sem medo no mistério de Deus, rezando, adorando e contemplando-o, saberemos bem quem Ele é. Nesse conhecimento, que se aprende de "joelhos" diante de Jesus presente na santa eucaristia, descobre-se a plena manifestação do imenso amor de Deus pelas criaturas que dele se aproximam.
E é exatamente nesse lugar, diante do Santíssimo Sacramento, que se formam os novos e grandes discípulos e amigos de Deus, pois toda a experiência de oração diante da eucaristia acaba em testemunho de vida. Esse testemunho grita ao mundo com o coração repleto de alegria: Jesus Cristo nos ama e vive entre nós.
Dessa forma, Deus se apresenta na eucaristia tocando o profundo do nosso coração e se revelando na beira do poço da nossa vida, lugar onde, assim como a mulher samaritana, procuramos água para saciar a nossa sede. É na eucaristia que Cristo se revela e vem ao nosso encontro.
Podemos dizer que a oração diante de Jesus Sacramentado não é uma fuga do mundo, mas sim o desejo de escutar a palavra de Deus. Nessa relação de amor está um coração que agradece, um coração que ama, que suplica e aguarda a intervenção de Deus.

Adoração: Momento especial de escuta.

"Deu-se todo não reservando nada para si" (SÃO JOÃO CRISÓSTOMO).

Quando rezamos diante do Santíssimo Sacramento devemos estar atentos ao que Deus nos quer comunicar. A narrativa de Jesus com os dois discípulos de Emaús pode nos ajudar a focalizar o mistério eucarístico.
Nessa passagem, Cristo se faz mistério de luz e unidade, de palavra e de pão.
Suas palavras fazem "arder" os corações dos discípulos e os tiram da escuridão, da tristeza e do desespero. Os discípulos de Emaús convidaram Jesus para ficar com eles. Jesus aceitou o convite, sentou-se à mesa, rezou e partilhou o pão.
É muito significativo para nós que os discípulos de Emaús o tenham reconhecido no gesto simples da fração do pão, pois é através de sinais que o mistério de Deus, de algum modo, se abre aos nossos olhos.
Dessa forma, ao nos colocarmos de joelhos num silêncio respeitoso diante de Jesus Eucarístico, o nosso coração fica repleto de paz, alegria e confiança. Pois é através desse gesto que as nossas súplicas serão ouvidas.
A eucaristia é, portanto, um dom! Ela exprime a relação de comunhão entre o Criador e a sua criatura.

Everenice Schiavon Ara
Paróquia Santíssima Virgem

A Boa Notícia - Março de 2010.