
A Semana Santa tem início no “Domingo de Ramos”, que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Tradicionalmente, os reis entravam nas cidades montados em pomposas montarias. Jesus, no entanto, para ressaltar sua humildade, entra em Jerusalém montado em um jumentinho e é reverenciado pelo povo simples que faz um tapete com ramos e com suas próprias vestes, para ver passar aquele a quem aclamam como “o que vem em nome do Senhor!” Com muita convicção, gritam: “Hosana ao Filho de Davi!”
Quantos naquela multidão tinham visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia, irmão de Marta e Maria. As pessoas estavam maravilhadas com as curas que presenciaram. Estavam certas de que Jesus era o Messias, o rei de Israel, anunciado pelos Profetas. Imaginavam que Jesus iria fazer uso de seus poderes para destronar Pilatos e re-implantar o reinado de Davi e Salomão em Israel.

Diante dessa realidade, o povo se pergunta: “que Messias é esse? O que podemos esperar de alguém que se mostra passivo diante dos dominadores romanos que nos impõem pesados impostos e nos escravizam?”
Aquela mesma multidão que o homenageou motivada pelas curas milagrosas que presenciaram, e que tinha certeza de que seus opressores seriam massacrados agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte.
Os mesmos que gritaram glória nas alturas, agora gritam com todas suas forças “Crucifica-o, crucifica-o!”
Dessa forma, o Domingo de Ramos mistura os gritos de glória da multidão, com os clamores da Paixão do Cristo. O Domingo de Ramos é para o cristão o primeiro passo na caminhada rumo à vitória, quando no Domingo da ressurreição, a morte é definitivamente vencida.
Com o Domingo de Ramos cumpre-se a profecia de Zacarias que pregava um rei messiânico pacífico (Zc 9,9): “Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria, cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre, vem montado num jumento.”
Por Jorge Lorente
jorgelorente@ig.com.br - (março/2010)
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