
Este Dogma de fé proclamado a toda a Igreja, afirma que desde o primeiro instante de sua concepção, Maria foi preservada da mancha do pecado original, por privilégio único de Deus.

Adão e Eva falharam e cometeram o primeiro pecado, quer dizer, o pecado original. E Este pecado não foi simplesmente uma desobediência. Foi um pecado de soberba. O tentador sussurrou-lhes ao ouvido que, se comessem desse fruto, seriam tão grandes como Deus, seriam deuses.
O QUE É IMACULADA CONCEIÇÃO?
A Imaculada Conceição foi a sublime graça que a Mãe do Senhor recebeu de ser isenta do pecado original. Ao contrário de todos nós que nascemos com a herança do pecado de nossos primeiros pais.
Na saudação angelical, o Anjo Gabriel diz: “Ave, cheia de graça. O senhor é convosco”. Ora, o anjo não se exprimiria desta maneira e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto que o homem havia perdido a graça após o pecado de Adão. A maneira da saudação angelical transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda como “Ave, Cheia de Graça”. Ele troca o nome “Maria” pela qualidade “Cheia de Graça”, como Deus desejou chamá-la. Ao mesmo tempo, a afirmação “o Senhor é convosco” abrange uma verdade luminosa, pois indica que o Nosso Senhor está com Nossa Senhora antes da encarnação. Sendo estas palavras anteriores à encarnação do Verbo no seio da Virgem Maria, reconhecemos que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o “pecado original”. Prossegue o Arcanjo: “Não temas Maria, pois achastes graça diante de Deus”. Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: “Eis que conceberá e darás à luz um filho, e por-lhes-ás o nome de Jesus” (Lc 1,28).

Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses em seu ventre. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno. São Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: “Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou num tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo” (Heb 9,12).
Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre seria duvidar de sua onipotência. Deus construiu o seu “tabernáculo” que não foi “construído por mãos humanas”. Ora, este tabernáculo, feito por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura. E esta pureza perfeita e ideal se denomina IMACULADA CONCEIÇÃO.
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