Após o Anjo Gabriel ter anunciado a Maria que Ela seria a mãe do Messias, Ela dirigiu-se às pressas para as montanhas a uma cidade de Judá para casa de sua prima Isabel.
“Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu ventre. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!” (Lc,1 40-45).
A Visitação de Maria a sua prima Isabel, nos apresenta um belo exemplo de atitude de humilde serviço e de amor desinteressado para aquele que se encontra em necessidade. Ela acaba de saber do Anjo Gabriel o estado da sua parenta Isabel, e imediatamente se põe em viagem para a montanha, a fim de chegar «depressa» a uma cidade da Judéia.
O encontro das duas Mães é também o encontro entre o Precursor e o Messias, que, pela mediação da sua Mãe, começa a operar a salvação fazendo saltar de alegria João o Baptista ainda no seio da mãe.
Meditar sobre o exemplo de Maria, nos estimula a sermos fiéis seguidores de seu Filho Jesus Cristo.
“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.” (Mt. 20, 28), dirá Jesus aos seus discípulos; mas a sua Mãe já tinha realizado perfeitamente esta atitude do Filho.
Com o gesto de visitar sua prima Isabel, Maria se torna a primeira missionária Cristã da história, levando o próprio “Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” para a casa de Zacarias e por conseqüência, a toda a humanidade.
“O amor e a devoção a Nossa Senhora não podem desaparecer do nosso coração, pelo contrário devem crescer e exprimir-se num testemunho de vida cristã, modelada pelo exemplo de Maria”. (Papa João Paulo II 31 de maio de 1979).
PARÓQUIA SANTÍSSIMA VIRGEM - SÃO BERNARDO DO CAMPO - SÃO PAULO - BRASIL
JESUS TE CONVIDA A PASSAR UMA HORA ESPECIAL COM ELE
Para ter uma vigília de oração constante diante do Santíssimo, precisamos assegurar-nos que em cada hora haja adoradores.
Para tanto, é necessário que cada pessoa se comprometa a tomar uma determinada hora.
Desta forma, podemos organizar todas as horas da noite, de modo que sempre haja alguém com Jesus.
A sua fé na presença de Jesus lhe ajudará a crer com convicção.
“VINDE A MIM VÓS QUE ESTAIS CANSADOS E SOBRECARREGADOS, EU VOS ALIVIAREI” (Mt 11,28).
ALEGRAI-VOS, ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS.
VINDE TODOS E ADOREMOS AO SALVADOR, JESUS SE FAZ PRESENTE NA SAGRADA EUCARISTIA, NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE ESTAR JUNTO A ELE. SEJA VOCÊ TAMBÉM UM ADORADOR DE JESUS CRISTO.
“A EUCARISTIA É O REMÉDIO DA IMORTALIDADE, O ANTÍDOTO CONTRA A MORTE” (Santo Inácio de Antioquia).
VINDE TODOS E ADOREMOS AO SALVADOR, JESUS SE FAZ PRESENTE NA SAGRADA EUCARISTIA, NÃO PERCA A OPORTUNIDADE DE ESTAR JUNTO A ELE. SEJA VOCÊ TAMBÉM UM ADORADOR DE JESUS CRISTO.
“A EUCARISTIA É O REMÉDIO DA IMORTALIDADE, O ANTÍDOTO CONTRA A MORTE” (Santo Inácio de Antioquia).
“A EUCARISTIA CONSISTE DE DUAS REALIDADES, A TERRENA E A CELESTE. POIS O PÃO QUE É TIRADO DA TERRA, NÃO É MAIS PÃO COMUM, UMA VEZ QUE ELE RECEBEU A INVOCAÇÃO DE DEUS E NÃO SE CORROMPE. PORTANTO, TAMBÉM NOSSOS CORPOS, QUANDO RECEBEM A EUCARISTIA, NÃO SÃO MAIS PASSÍVEIS DE CORRUPÇÃO, MAS POSSUEM A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO PARA A ETERNIDADE”. (Santo Irineu, sec.II).
Páginas
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
PENTECOSTES - SOLENIDADE DO SANTO ESPÍRITO DE DEUS.
"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". (At 2, 1-4).
A origem de Pentecostes vem do Antigo Testamento, os judeus celebravam a festa da colheita, dia de alegria e ação de graças, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos da terra. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança, a entrega da Lei no monte Sinai, cinqüenta dias após o Êxodo, daí a origem do nome “Pentecostes” do grego “Pentekosté” (qüinquagésimo).
Como sabemos pela narrativa do livro dos Atos dos Apóstolos, o primeiro Pentecostes cristão, ocorreu no dia em que os judeus celebravam a colheita e a entrega da Lei. E sabemos também, que ela ocorreu cinqüenta dias após a ressurreição de Jesus.
Para que possamos entender melhor a festa de Pentecostes, devemos considerar alguns conceitos de fé sobre a Santíssima Trindade.
Existindo um só Deus, existem Nele três pessoas divinas – Pai, Filho e Espírito Santo. Cremos neste mistério porque Deus o manifestou a nós. Deus Pai criou todo o universo e a nós a sua imagem e semelhança, Deus Filho que é a expressão do conhecimento e nos remiu de nossos pecados e Deus espírito Santo que é a manifestação de todo o seu amor a nós. Este amor infinitamente perfeito, infinitamente intenso, que eternamente flui do Pai e do Filho, é o que chamamos Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho. É a terceira pessoa da Santíssima Trindade.
Deus Pai é o criador, Deus filho é o Redentor, Deus Espírito Santo é o Santificador. E o que um faz, Todos o fazem; onde um está, estão os três.
Pentecostes comemora o envio do Espírito Santo à Igreja “mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo”. (At 1,8).
A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito Santo foi enviado sobre os apóstolos. Desta forma, Cristo continua presente na Igreja, que é aquela que dá continuidade a sua missão.
O Espírito Santo é aquele que nos dá força para perseguirmos a santidade, é aquele que nos anima e nos conduz à restauração. Um instrumento para a nossa transformação é a vida de oração, antes da vinda do Espírito Santo aos discípulos, podemos observar esta prática entre eles, "permaneciam reunidos no cenáculo: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele" (At1, 13-14). A Igreja existe porque o Espírito Santo lhe foi enviado. A partir deste instante, os discípulos partiram pelo mundo levando a Boa Nova a toda a criatura, como nos pede Jesus Cristo.
O Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.
"Os que receberam a sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número dos adeptos. Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações". (At 2, 41-42).
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
Nós os recebemos de Deus para nos ajudar a prática das virtudes. Desperta-nos a atenção para ouvirmos a silenciosa voz de Deus em nosso interior, tornam-nos dóceis aos delicados toques de suas Mãos.
SABEDORIA: É o que nos dá o sentido para apreciarmos as coisas de Deus, dando o verdadeiro valor a elas, e a enfrentarmos o mundo como degraus para a santidade.
ENTENDIMENTO: Dá-nos a percepção espiritual necessária para entendermos as verdades da fé.
CONSELHO: Ensina-nos o melhor caminho que devemos percorrer para nossa santificação, contribuindo assim para a glória de Deus.
FORTALEZA: Sustenta-nos nos perigos, nos temores e nas tentações. Leva-nos a triunfar nas dificuldades que se opõe a nossa santidade.
CIÊNCIA: Torna-nos aptos para reconhecer o que nos é espiritualmente útil ou prejudicial, nos move a escolher o útil e a repelir o nocivo.
PIEDADE: É a disposição habitual para com Deus, uma combinação de amor, confiança e reverencia.
TEMOR DE DEUS: É o receio constante de desagradar a Deus e que nos faz afastar dos pecados.
São esses os auxiliares das graças, as predisposições para a santidade que o Espírito Santo insere em todos os batizados.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
EUCARISTIA: MISTÉRIO DE CRISTO VIVO E ATUANTE NA IGREJA.
A Igreja nos convida amar e adorar Jesus na eucaristia. Podemos fazê-lo comungando o
seu corpo e o seu sangue nas celebrações das missas que participamos e dedicando algum tempo
diante do tabernáculo das nossas igrejas.
Por meio da santa comunhão e da adoração ao Santíssimo Sacramento aprendemos a arte
de sermos testemunhas do grande amor de Deus por todos os homens.
Também da eucaristia podemos tirar coragem para sermos autênticos discípulos e missionários de Cristo. Para isso basta buscar o essencial desse mistério, ou seja, buscar força para sermos também alimento, ou melhor, sermos o pão repartido que sacia a “fome”do mundo.
Ao adorarmos Jesus no Sacramento do altar e quando o acolhemos no coração por meio da comunhão das sagradas espécies, estamos anunciando essa verdade de fé, a sua imensa
riqueza e o significado profundo desse grande dom confiado por Jesus Cristo à Igreja.
Prática da Adoração Eucarística
“A minha vida é um instante, uma hora que passa, é um momento que rapidamente escapa de minhas mãos e se vai. Tu sabes, meu Deus, que para amar-te aqui na terra não tenho outro momento a não ser o dia de hoje” (Santa Teresa de Lisieux)
A experiência de oração da Igreja apresenta a adoração eucarística como um prolongamento visível da Santa Missa, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração. Ao recebermos a Eucaristia nos colocamos em atitude de adoração diante daquele que comungamos; em acréscimo, o ato de adorar Jesus fora da santa missa, prolonga e intensifica aquilo que se faz na própria celebração eucarística. A presença de Cristo vivo se revela no dom eucarístico comunicando a própria vida divina. A Igreja acolhe, celebra e adora este dom, com fiel obediência. Por isso, pode-se dizer a respeito da eucaristia: “Não ponhas em dúvida se é ou não verdade, aceita com fé as palavras do Senhor, porque ele, que é Verdade, não mente” (São Cirilo)
Momento de Comunhão com Deus
“É o próprio Cristo que prepara para os fiéis a mesa da Palavra e do Pão da Vida”(João Paulo II)
Jesus, na última Ceia, celebrada com os discípulos, instituiu a eucaristia. Ao celebrá-la a Igreja renova o sacrifício de Cristo, a sua páscoa eucarística. Para celebrar Jesus serviu-se dos elementos fundamentais: do pão e do vinho que pelo seu poder se tornaram, naquela ceia, o seu corpo e o seu sangue. Fiel ao mandamento, a Igreja, e nela cada um de nós, há mais de dois mil anos, celebra a eucaristia.
Todos os que participam da santa missa entram em comunhão ao receberem na forma do pão e do vinho o verdadeiro corpo e sangue de Cristo. A nossa oração diante da presença real de Cristo, tanto durante a celebração da missa como na adoração ao Santíssimo, nos proporciona a confiança de que Jesus realiza a promessa de que está com os homens e mulheres de todos os tempos (cf. Mt 28,20).
Momento de encontro, conhecimento e partilha
“Não se pode descobrir só pelos sentidos, mas sim com fé, baseada na autoridade de Deus”
(São Tomás de Aquino)
A eucaristia é o sacramento da unidade e da missão. A Igreja vive a eucaristia, pois ela vive Jesus Cristo e de todo bem de Deus que por Jesus é oferecido ao mundo. Quando, na celebração eucarística ou na adoração ao Santíssimo, nos colocamos em atitude de comunhão com Jesus somos chamados a sermos seus discípulos e seguidores. E assim, nos unimos a cada cristão, inclusive àqueles que raramente, ou nunca frequentam, uma celebração da eucaristia. Por isso, temos que estar preparados para esse momento especial de encontro, de conhecimento e de partilha com Deus. Quando se está diante de Jesus Eucarístico pode-se recuperar o sentido desse gesto com o nosso testemunho de fé no encontro alegre com Jesus Cristo.
Luz para a sua Igreja
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, não anda nas trevas, mas terá a luz da vida.” (Jo 8,12)
Tanto na comunhão eucarística como na adoração, Cristo, por sua graça, toma a iniciativa de aproximação e de encontro com a pessoa que O procura. Nessa comunhão, estabelece-se uma íntima relação entre dois seres que se amam: o verdadeiro amor acolhe o seu amado, e este deixa-se acolher por Ele. O adorador experimenta “quanto é bom o Senhor” e é convidado a ser missionário no mundo para ajudar os irmãos, que desejam “ver Jesus” e encontrar nele o caminho, a verdade e a vida.
É pela eucaristia que Cristo cumpre a promessa de ser luz para a sua Igreja que avança nos caminhos da história. A presença de Cristo ilumina os passos de quem o segue e se deixam fortalecer pela eucaristia.
Everenice Schiavon Ara
Santuário de Adoração Perpétua
Paróquia Santíssima Virgem
A Boa Notícia - Maio de 2010.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
13 DE MAIO - NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.
Nossa Senhora de Fátima é o título mais conhecido mundialmente da mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. A história de sua aparição inicia-se em 13 de Maio de 1917, quando três crianças estavam pastoreando um pequeno rebanho nas colinas na Cova da Iria, região de Fátima, Portugal. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), a figura "de uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol” de cujas mãos pendia um terço branco. Ela dirige-se às crianças e lhes pede que rezem o terço todos os dias pela paz do mundo, que peçam pela conversão dos pecadores, e pelo fim da guerra.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora.
Com o correr dos dias o povo acorreu ao local e testemunhou a aparição de uma nuvem branca sobre a azinheira. Enquanto as crianças rezavam o terço, Lúcia conversava em voz alta.
Em todas as aparições, a Virgem sempre salientou que orassem pela paz, pela conversão dos pecadores e o terço diariamente. Nossa Senhora revelou acontecimentos que poderiam acontecer se o povo não se convertesse e rezasse o terço.
Em sua última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.
A mensagem de Nossa Senhora é um convite e uma escola de salvação.
- “Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios”. - “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. - “O meu Imaculado Coração triunfará”. - “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores”. “Muitas almas vão para o inferno por não haver quem reze e se sacrifique por elas”. - “Eu sou a Senhora do Rosário”. “Rezem o Terço todos os dias, para alcançar a paz no mundo”.
A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado.
A Mensagem de Fátima é atualidade viva. “Fátima é, na verdade, um Evangelho abreviado. A Mensagem de Fátima, num tempo cheio de contradições, de lutas, de sofrimentos, é sempre atual e eterna, como o Evangelho. O convite a evangelizar, à penitência e à conversão expressos com as palavras da Mãe continua ainda atual. Mais atual do que há setenta e cinco anos, e até mais urgente.” (João Paulo II em 13/05/82).
A oração predileta de Fátima é, sem dúvida, o Santo Rosário. É necessário que esta oração vocal seja acompanhada pela meditação dos Mistérios da Vida, Morte e Ressurreição de Jesus.
Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo.
Hoje o nome Fátima é sinônimo de Nossa Senhora e de muitas conversões e milagres. Talvez Fátima seja o local mais acorrido de peregrinações na face da terra, depois da Terra Santa. Lá os milagres acontecem. E sempre com a mesma intensidade do tempo de Lúcia, Jacinto e Francisco.
Em 13 de outubro do ano 2000 foram beatificados os Pastorinhos Francisco e Jacinta, por Sua Santidade o Papa João Paulo II.
terça-feira, 11 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
MAIO MÊS DE MARIA - MÊS DAS MÃES
A ORIGEM DO MÊS DE MARIA.
Segundo pesquisadores e estudiosos, a origem do mês em homenagem a Nossa Senhora, se deu, devido a grande transformação que ocorre entre o término do inverno e a chegada da primavera no hemisfério norte. Nesta parte do planeta como sabemos, o inverno é muito rigoroso e se tem a impressão de que há a falta da vida, mas tudo se transforma com a chegada da primavera, a vida se renova, os campos ficam verdes cheios de flores e os animais reaparecem.
“Acreditava-se que, se no mês de maio, os frutos da terra são abundantes e as flores do campo são cheias se cores e de perfumes, as bênçãos da Virgem Maria serão ricas e cheias da graça do Senhor da Vida, seu filho Jesus Cristo”.
Esta prática supõe-se que teve início por volta do século XIII, em torno do ano 1280. Já no século XIV, encontramos São Felipe Néri, o santo da alegria e da caridade, que durante o mês de maio, ensinava os jovens a prestar homenagens a Maria, ornando de flores suas imagens.
Neste contexto, hoje em dia, existem inúmeras formas de manifestações populares que testemunham o amor e a dedicação a Nossa Senhora, basta verificar como ficam as capelas, os oratórios, as igrejas e as catedrais, tudo isto em agradecimento a àquela que pelo seu “SIM” a Deus, trouxe para nós o Salvador que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
IMAGEM BÍBLICA DE MARIA
INFORMAÇÃO HISTÓRICA
Devemos reconhecer que a imagem bíblica de Maria, carece de referências fundamentais sobre sua pessoa. Não temos dados sobre sua infância, seu meio familiar, sua formação humana e religiosa. Não dispomos de detalhes acerca de sua pessoa física e suas características de temperamento. Desconhecemos inclusive como foi que transcorreram os longos anos de sua vida. Os evangelhos não nos oferecem uma biografia de Maria, e obviamente esta não era a finalidade dos mesmos.
Essa falta de informações choca com a mentalidade moderna e atual, exigente na exatidão e abundancia de cronologias e desejosa de descrições precisas de uma figura histórica em seus traços pessoais e ambientais.
Qualidade e quantidade na História bíblica
No pensamento bíblico, em primeiro lugar, o critério quantitativo de nenhum modo constitui índice da importância de uma verdade. Não é somando a quantidade de citações bíblicas referentes a uma pessoa ou a uma verdade que se chega a determinar sua importância teológica.
Se a quantidade fosse o fator decisivo, deveríamos afirmar, por exemplo, que as discussões de Jesus com os fariseus ou as dificuldades apostólicas de Paulo revestem-se de maior significado que a Eucaristia. E isto, certamente não é assim!
Em segundo lugar, é que os relatos bíblicos são testemunhos surgidos da fé e que conduzem à mesma. São escritos inspirados por Deus para nossa salvação. Não estão interessados, portanto, nos relatos históricos como são as biografias modernas.
Presença de Maria
De uma leitura atenta das Sagradas Escrituras e dos dados bíblicos sobre Maria, podemos dizer que: Maria está presente nos momentos decisivos da história da salvação. Sua presença é discreta, porém densa. A escassa quantidade de testemunhos é sobrepujada pela qualidade dos mesmos.
MARIA NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento anuncia o cumprimento da promessa de salvação. Chegaram, pois os dias que estavam por vir. A Aliança de Deus com os homens torna-se permanente e inquebrantável. É a plenitude dos tempos e se realiza de modo concreto e inesperado: a encarnação do próprio filho de Deus. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho único, para que todo aquele que crê nele não pereça, mas que tenha a vida eterna”. Este acontecimento culminante inicia-se com a anunciação de Maria.
Cremos que os evangelhos falam o suficiente sobre Maria. Eles não pretendem dar todas as informações e satisfazer nossa curiosidade sobre Maria de Nazaré, mas nos revelam a chave para entender e acolher o segredo de sua pessoa.
AS CHAVES PARA ENCONTRAR MARIA NA BÍBLIA
O primeiro passo de um estudo e aprofundamento sobre Maria consiste em conhecer bem o que a Escritura diz sobre ela. Trata-se da base sólida que fundamenta o culto e o dogma.
Fazer uma leitura teológica do texto bíblico exige abandonar uma visão ingênua, ir além da concepção literal ou devocional. É uma tarefa interpretativa do próprio texto.
Deve-se levar em conta o tipo de gênero literário do relato que esta se lendo.
Cada citação sobre Maria, na Bíblia, necessita ser compreendida no contexto do livro onde esta situada.
Os textos do Novo Testamento sobre Maria foram escritos com os olhos centrados em Jesus e na comunidade dos seus seguidores.
MARIA NA BÍBLIA
Já se fala sobre Maria no Antigo testamento?
Grande parte dos estudiosos da Bíblia está de acordo neste ponto: não há nenhum texto nas escrituras judaicas, ou primeiro testamento, com a intenção explícita de fazer um anuncio antecipado sobre Maria. Na realidade, depois que Maria se tornou reconhecida na comunidade cristã, a partir do século III, aconteceu uma releitura dos textos bíblicos. Ampliou-se o sentido original. Assim, algumas imagens e alegorias, como “a descendência da mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15), passaram a ser compreendidas em relação à mãe de Jesus.
Nos escritos de Paulo não há referência direta a Maria. Somente o texto de Gálatas 5,5 faz uma alusão à mãe de Deus “enviou seu filho, nascido de uma mulher”.
No evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, Maria aparece no meio dos familiares de Jesus, sem qualquer destaque. O evangelista mostra com clareza que, para Jesus, importa sobretudo uma nova família, não mais formada por laços de parentesco. A verdadeira família de Jesus será, de agora em diante, a dos seus seguidores, ou seja, os discípulos e discípulas que fazem à vontade do Pai.
Já Mateus acrescenta um dado novo. Ele prepara o anúncio da vida pública de Jesus com os “relatos de infância”, que estão centrados na figura de José, o homem justo que sempre age de acordo com o apelo de Deus. Assim, José acolhe a Maria como sua esposa e não tem relações intimas com ela até o nascimento. Adota Jesus como seu filho, mesmo não sendo o pai biológico e protege a ambos dos perigos que surgem. Maria é apresentada como aquela que concebe pela ação do Espírito e está unida ao filho, como mostra a expressão “o menino e sua mãe”, repetida cinco vezez.
O evangelho que mais se refere à Maria é Lucas. A começar pela quantidade dos relatos nos quais ela aparece ou se diz algo sobre a mãe de Jesus: a anunciação, a visita a Isabel, o cântico do Magnificat, o nascimento de Jesus, a apresentação no templo, à profecia de Simeão, o desencontro no templo aos 11 anos, a vida em Nazaré, as palavras de Jesus sobre a família, o diálogo com a mulher na multidão, a presença de Maria na comunidade nascente, preparando a vinda do Espírito Santo. Através de todos estes relatos, Lucas nos apresenta Maria como a figura do perfeito discípulo de Jesus, que Deus, guarda-a no coração e dá frutos na perseverança.
Além disso, Maria trilha um caminho na fé. Totalmente entregue aos projetos de Deus, ela não entende tudo o que lhe acontece, e por isso mesmo precisa continuamente meditar o sentido dos acontecimentos. Passa por momentos belos e difíceis, alegres e sofridos. O fato de ter que aprender o “jeito novo” de ver o mundo que Jesus propõe causa-lhe conflitos, que lhe atravessam o coração como uma espada. Como mulher proveniente de Nazaré da Galiléia, Maria vive e anuncia a opção preferencial de Deus pelos pobres, tal como Jesus o vive a anuncia no sermão da planície.
Por fim, Maria é uma pessoa especialmente contemplada pelo Espírito Santo, que a cobre com sua sombra na concepção de Jesus e atua na comunidade dos discípulos em Pentecostes, como línguas de fogo. “Nuvem” e “fogo” são os símbolos da presença de Deus junto de seu povo peregrino, desde a libertação do Egito. Nuvem quer dizer proteção e fecundidade. Já o fogo alude à energia, amor e vitalidade. Este é o perfil de Maria em Lucas: perfeita discípula, peregrina na fé, sinal da opção de Deus pelos pobres, mulher contemplada pelo Espírito Santo.
João completa o perfil de Lucas acrescentando duas outras características. Ao apresentar Maria no início da missão de Jesus (bodas de Caná) e no momento derradeiro (junto à cruz), expressa que é uma pessoa significativa para Jesus e sua comunidade. Nos dois relatos, Jesus não a chama de “mãe” e sim de “mulher”, como o faz com outras mulheres importantes, como a Samaritana e Madalena. Em Caná, Maria é apresentada como a “pedagoga da fé”, que orienta os servidores para “fazer tudo o que Jesus disser”. Ajuda a reunir os discípulos em torno a Jesus. Possibilita a realização do primeiro sinal, que inicia o processo de acreditar em Jesus e compreender que ele é. Já na Cruz, Maria aparece junto com as mulheres e o discípulo amado, perseverante na fé, no momento em que cessam os sinais. Por vontade de Jesus, há uma adoção recíproca. Ela assume a missão de mãe da comunidade cristã, representada pelo “discípulo amado”, e a comunidade a acolhe como tal.
O texto do Apocalipse 12 não é originalmente mariano. A mulher, revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e as doze estrelas significa, em primeiro lugar, a comunidade-igreja, que já experimenta neste mundo os frutos da glorificação de Jesus. De outro lado, também sofre os ataques das forças do mal na história, é frágil, vive no deserto (lugar de tentação e de encontro com Deus) e sente a solidariedade da Terra. Como aconteceu com textos do Antigo Testamento, houve posteriormente uma releitura de Ap 12, dando-lhe uma conotação mariana. Ela se apóia no fato de Maria ser a mulher e mãe do messias. Nas comunidades cristãs do século IV nasce assim a intuição de que ela participa, de forma singular, da glorificação que será concedida a todos os seguidores de Jesus.
O perfil bíblico de Maria é fundamental para elaborar uma mariologia consistente, equilibrada e centrada em Jesus. A partir dele, corrige-se os exageros do devocionismo e do maximalismo mariano.
Pe. Julio Caprani (impk).
Devemos reconhecer que a imagem bíblica de Maria, carece de referências fundamentais sobre sua pessoa. Não temos dados sobre sua infância, seu meio familiar, sua formação humana e religiosa. Não dispomos de detalhes acerca de sua pessoa física e suas características de temperamento. Desconhecemos inclusive como foi que transcorreram os longos anos de sua vida. Os evangelhos não nos oferecem uma biografia de Maria, e obviamente esta não era a finalidade dos mesmos.
Essa falta de informações choca com a mentalidade moderna e atual, exigente na exatidão e abundancia de cronologias e desejosa de descrições precisas de uma figura histórica em seus traços pessoais e ambientais.
Qualidade e quantidade na História bíblica
No pensamento bíblico, em primeiro lugar, o critério quantitativo de nenhum modo constitui índice da importância de uma verdade. Não é somando a quantidade de citações bíblicas referentes a uma pessoa ou a uma verdade que se chega a determinar sua importância teológica.
Se a quantidade fosse o fator decisivo, deveríamos afirmar, por exemplo, que as discussões de Jesus com os fariseus ou as dificuldades apostólicas de Paulo revestem-se de maior significado que a Eucaristia. E isto, certamente não é assim!
Em segundo lugar, é que os relatos bíblicos são testemunhos surgidos da fé e que conduzem à mesma. São escritos inspirados por Deus para nossa salvação. Não estão interessados, portanto, nos relatos históricos como são as biografias modernas.
Presença de Maria
De uma leitura atenta das Sagradas Escrituras e dos dados bíblicos sobre Maria, podemos dizer que: Maria está presente nos momentos decisivos da história da salvação. Sua presença é discreta, porém densa. A escassa quantidade de testemunhos é sobrepujada pela qualidade dos mesmos.
MARIA NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento anuncia o cumprimento da promessa de salvação. Chegaram, pois os dias que estavam por vir. A Aliança de Deus com os homens torna-se permanente e inquebrantável. É a plenitude dos tempos e se realiza de modo concreto e inesperado: a encarnação do próprio filho de Deus. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho único, para que todo aquele que crê nele não pereça, mas que tenha a vida eterna”. Este acontecimento culminante inicia-se com a anunciação de Maria.
Cremos que os evangelhos falam o suficiente sobre Maria. Eles não pretendem dar todas as informações e satisfazer nossa curiosidade sobre Maria de Nazaré, mas nos revelam a chave para entender e acolher o segredo de sua pessoa.
AS CHAVES PARA ENCONTRAR MARIA NA BÍBLIA
O primeiro passo de um estudo e aprofundamento sobre Maria consiste em conhecer bem o que a Escritura diz sobre ela. Trata-se da base sólida que fundamenta o culto e o dogma.
Fazer uma leitura teológica do texto bíblico exige abandonar uma visão ingênua, ir além da concepção literal ou devocional. É uma tarefa interpretativa do próprio texto.
Deve-se levar em conta o tipo de gênero literário do relato que esta se lendo.
Cada citação sobre Maria, na Bíblia, necessita ser compreendida no contexto do livro onde esta situada.
Os textos do Novo Testamento sobre Maria foram escritos com os olhos centrados em Jesus e na comunidade dos seus seguidores.
MARIA NA BÍBLIA
Já se fala sobre Maria no Antigo testamento?
Grande parte dos estudiosos da Bíblia está de acordo neste ponto: não há nenhum texto nas escrituras judaicas, ou primeiro testamento, com a intenção explícita de fazer um anuncio antecipado sobre Maria. Na realidade, depois que Maria se tornou reconhecida na comunidade cristã, a partir do século III, aconteceu uma releitura dos textos bíblicos. Ampliou-se o sentido original. Assim, algumas imagens e alegorias, como “a descendência da mulher que esmaga a cabeça da serpente” (Gn 3,15), passaram a ser compreendidas em relação à mãe de Jesus.
Nos escritos de Paulo não há referência direta a Maria. Somente o texto de Gálatas 5,5 faz uma alusão à mãe de Deus “enviou seu filho, nascido de uma mulher”.
No evangelho de Marcos, o primeiro a ser escrito, Maria aparece no meio dos familiares de Jesus, sem qualquer destaque. O evangelista mostra com clareza que, para Jesus, importa sobretudo uma nova família, não mais formada por laços de parentesco. A verdadeira família de Jesus será, de agora em diante, a dos seus seguidores, ou seja, os discípulos e discípulas que fazem à vontade do Pai.
Já Mateus acrescenta um dado novo. Ele prepara o anúncio da vida pública de Jesus com os “relatos de infância”, que estão centrados na figura de José, o homem justo que sempre age de acordo com o apelo de Deus. Assim, José acolhe a Maria como sua esposa e não tem relações intimas com ela até o nascimento. Adota Jesus como seu filho, mesmo não sendo o pai biológico e protege a ambos dos perigos que surgem. Maria é apresentada como aquela que concebe pela ação do Espírito e está unida ao filho, como mostra a expressão “o menino e sua mãe”, repetida cinco vezez.
O evangelho que mais se refere à Maria é Lucas. A começar pela quantidade dos relatos nos quais ela aparece ou se diz algo sobre a mãe de Jesus: a anunciação, a visita a Isabel, o cântico do Magnificat, o nascimento de Jesus, a apresentação no templo, à profecia de Simeão, o desencontro no templo aos 11 anos, a vida em Nazaré, as palavras de Jesus sobre a família, o diálogo com a mulher na multidão, a presença de Maria na comunidade nascente, preparando a vinda do Espírito Santo. Através de todos estes relatos, Lucas nos apresenta Maria como a figura do perfeito discípulo de Jesus, que Deus, guarda-a no coração e dá frutos na perseverança.
Além disso, Maria trilha um caminho na fé. Totalmente entregue aos projetos de Deus, ela não entende tudo o que lhe acontece, e por isso mesmo precisa continuamente meditar o sentido dos acontecimentos. Passa por momentos belos e difíceis, alegres e sofridos. O fato de ter que aprender o “jeito novo” de ver o mundo que Jesus propõe causa-lhe conflitos, que lhe atravessam o coração como uma espada. Como mulher proveniente de Nazaré da Galiléia, Maria vive e anuncia a opção preferencial de Deus pelos pobres, tal como Jesus o vive a anuncia no sermão da planície.
Por fim, Maria é uma pessoa especialmente contemplada pelo Espírito Santo, que a cobre com sua sombra na concepção de Jesus e atua na comunidade dos discípulos em Pentecostes, como línguas de fogo. “Nuvem” e “fogo” são os símbolos da presença de Deus junto de seu povo peregrino, desde a libertação do Egito. Nuvem quer dizer proteção e fecundidade. Já o fogo alude à energia, amor e vitalidade. Este é o perfil de Maria em Lucas: perfeita discípula, peregrina na fé, sinal da opção de Deus pelos pobres, mulher contemplada pelo Espírito Santo.
João completa o perfil de Lucas acrescentando duas outras características. Ao apresentar Maria no início da missão de Jesus (bodas de Caná) e no momento derradeiro (junto à cruz), expressa que é uma pessoa significativa para Jesus e sua comunidade. Nos dois relatos, Jesus não a chama de “mãe” e sim de “mulher”, como o faz com outras mulheres importantes, como a Samaritana e Madalena. Em Caná, Maria é apresentada como a “pedagoga da fé”, que orienta os servidores para “fazer tudo o que Jesus disser”. Ajuda a reunir os discípulos em torno a Jesus. Possibilita a realização do primeiro sinal, que inicia o processo de acreditar em Jesus e compreender que ele é. Já na Cruz, Maria aparece junto com as mulheres e o discípulo amado, perseverante na fé, no momento em que cessam os sinais. Por vontade de Jesus, há uma adoção recíproca. Ela assume a missão de mãe da comunidade cristã, representada pelo “discípulo amado”, e a comunidade a acolhe como tal.
O texto do Apocalipse 12 não é originalmente mariano. A mulher, revestida de sol, com a lua debaixo dos pés e as doze estrelas significa, em primeiro lugar, a comunidade-igreja, que já experimenta neste mundo os frutos da glorificação de Jesus. De outro lado, também sofre os ataques das forças do mal na história, é frágil, vive no deserto (lugar de tentação e de encontro com Deus) e sente a solidariedade da Terra. Como aconteceu com textos do Antigo Testamento, houve posteriormente uma releitura de Ap 12, dando-lhe uma conotação mariana. Ela se apóia no fato de Maria ser a mulher e mãe do messias. Nas comunidades cristãs do século IV nasce assim a intuição de que ela participa, de forma singular, da glorificação que será concedida a todos os seguidores de Jesus.
O perfil bíblico de Maria é fundamental para elaborar uma mariologia consistente, equilibrada e centrada em Jesus. A partir dele, corrige-se os exageros do devocionismo e do maximalismo mariano.
Pe. Julio Caprani (impk).
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