
Ela foi obediente do início ao fim ao projeto de Deus, jamais o abandonou, permaneneu de pé ao lado da cruz de seu filho Jesus Cristo. Orar a Nossa Senhora das Dores é muito apropriado para a nossa realidade, onde dor e sofrimento acompanham a vida de muito de nossos irmãos.
Acompanhar Nossa Senhora em todas as fases de sua vida terrena, vivenciar os desígnios de Deus para com Ela, é sempre admirável para um coração devoto à Santíssima Virgem. Mais apropriado não podia ser a nossa meditação sobre os grandes desafios e as suas dores vividas, a saber:
1.º - A profecia de Simeão. “Eis que este Menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma.” (Lc 2,34-35).
2.º - A fuga para o Egito. “Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matar!” Levantando-se, José tomou o menino a mãe partiu de noite para o Egito. (Mt 2,13-14)
3.º - Jesus encontrado no templo. Acabados os dias da festa da Páscoa, o menino Jesus ficou em Jerusalém sem que os pais o percebessem. Pensando que estivessem na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E não o achando, voltaram a Jerusalém e procura dele. (Lc 2,43-45).
4.º - Maria se encontra com Jesus na via dolorosa. Ao conduzir Jesus, agarraram um certo Simão de Cirene que vinha da lavoura e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam. Voltando-se para elas Jesus disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos.” (Lc 23,26-27).

6.º - Abertura do coração de Jesus pela lança e descimento da cruz. Chegando a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados transpassou-lhes o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e água. (Jo 19,34).
7.º - Jesus é colocado no sepulcro. Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e o envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar os judeus. Havia um jardim perto do local onde fora crucificado e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus. (Jo 19,40-42).
Se a nós Deus mandar uma cruz em forma sofrimentos físicos ou morais, acusações injustas ou de contínuas contrariedades, recorramos a Nossa Senhora, e não nos entreguemos à tristeza e ao desânimo. Sofrimento que vem mandado por um Pai que nos tem tanto amor, não pode visar outro fim, senão o nosso bem temporal e eterno. O sofrimento um dia, converter-se-á em alegria; as lágrimas derramadas hoje, darão lugar a uma felicidade que não terá fim. Uma cruz é diferente da outra e a duração de tempo do nosso padecimento pertence a Deus. São momentos tristes, mas que devemos aceitar alegremente, como uma graça divina. Afinal, lembremos-nos de quanto sofrimento Cristo padeceu no Calvário! E quanto sofreu a Mãe, diante da agonia do Filho!
Se teu ombro já parece não suportar o peso da cruz, se a extrema dor te abala os sentidos, não desperdice esse tempo com lamentações, muitas vezes inevitáveis. Oferece essas dádivas às almas que padecem no Purgatório, em desagravo dos pecados cometidos contra o Santíssimo Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria, pela conversão de todos nós, pobres pecadores, pela paz no mundo, pelo Papa, ou por tantas outras causas urgentes que clamam por nossas orações e sacrifícios.
Por enquanto, coloquemos-nos confiantemente no colo amoroso de Nossa Senhora das Dores, que experimentou o sofrimento na sua máxima intensidade.
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